Francismar Lopes, 26 anos, é calceteiro e foi ao Sine Tijuca para dar entrada no seguro desemprego | Foto: Pablo Vallejos / Agência O Dia
De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), Brizola Neto, hoje são 2.200 postos do Sine ao redor do Brasil. A maioria deles, infelizmente, sucateada por questões orçamentárias e de gestão. Ele destaca qual deve ser o papel dessas unidades: “Não é só intermediação. É preciso entregar qualificação e seguro-desemprego”.
O plano de Brizola Neto para o ano que vem é usar o modelo da Previdência para monitoramento de emprego. Atualmente, com a ferramenta do INSS é possível acompanhar indicadores de atendimento e saber quando, como e por que uma agência tem demora na prestação de serviço ao cidadão. O tempo de espera para o atendimento, duração do atendimento no guichê, o número de pessoas e gastos na unidade também são acompanhados.
“Me parece que hoje estamos caminhando para um sistema que proteja o emprego, evitando que o desemprego ocorra”, avalia Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Segundo levantamento em agosto, a taxa de desemprego total em agosto ficou em 11,1%, frente a 10,7% em julho.
De acordo com Ganz, o Dieese vai aprimorar as pesquisas de emprego e desemprego, modificando o questionário a fim de descobrir o que é preciso melhorar. Desta forma, será possível diagnosticar falhas. Conheça, nas próximas páginas, os modelos que são referência para os futuros planos do MTE.
Qualificação é a principal aposta das instituições
Unidades de serviço ao trabalhador como SineBahia e Ceat-RJ são referência para unidades que Brizola Neto, ministro do Trabalho e Emprego, pretende implementar no restante do país nos próximos anos. Esse é o plano do ministério para incentivar o emprego formal e garantir direitos trabalhistas, como seguro-desemprego e outros benefícios.
De acordo com Brizola Neto, neste ano, foram 600 mil vagas de emprego não preenchidas. “Existe dificuldade com o perfil dos candidatos”, conta. Segundo ele, educação deve ser priorizada para combater o desemprego: “A intermediação não pode estar separada do pagamento do seguro-desemprego, do abono e, principalmente, da qualificação profissional”.
Em ordem de unificar esses fatores, não falta esforço nas 129 unidades do Sine no estado da Bahia, onde marca presença em em 111 municípios. Por lá, são 5 mil trabalhadores atendidos por dia, totalizando 100 mil por mês. Na capital, são 12 unidades, sendo uma delas a Unidade Central SineBahia, tida como referência pelo ministro, onde são cerca de mil pessoas atendidas por dia.
“Tentamos fechar o circuito: queremos ser ágeis de maneira que a gente consiga atender a empresa e o candidato”, conta Maria Thereza Andrade, superintendente de desenvolvimento do trabalho no SineBahia.
Marcando presença no estado desde 2007, o serviço monitora diariamente o atendimento, a qualificação e o encaminhamento dos candidatos. Além disso, conta com cursos de 20 horas, como técnica de redação, gramática, novas regras ortográficas, matemática com noções de raciocínio lógico, oratória, e informática básica.
Mesmo com um número bem menor de unidades, o Ceat-RJ não faz feio: nos três postos que possui (Centro, Penha e Santa Cruz), recebe cerca de 5 a 7 mil por mês para tentar suprir mais de 5 mil vagas que surgem por semana. Além de palestras de orientação ao cidadão, Leonardo Pereira, gerente operacional das unidades do Rio, afirma que eles apostam no acompanhamento até o emprego.
“Dialogamos com o candidato para identificar o que o impede de conseguir trabalho. Avaliamos o que não funciona e o que funciona nesse encaminhamento e, a partir disso, oferecemos nossa consultoria”, ressalta Pereira.
Sistema nacional do MTE vai monitorar empregos
Em 2013, o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) começa a operar um modelo piloto com oito agência, onde será testada um sistema de monitoramento de empregos. O programa funcionará em conjunto com a Previdência, segundo o ministro Brizola Neto em entrevista exclusiva durante visita à redação de O DIA.
“Me parece que hoje estamos caminhando para um sistema que proteja o emprego, evitando que o desemprego ocorra”, avalia Clemente Ganz Lúcio, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos). Segundo levantamento em agosto, a taxa de desemprego total em agosto ficou em 11,1%, frente a 10,7% em julho.
De acordo com Ganz, o Dieese vai aprimorar as pesquisas de emprego e desemprego, modificando o questionário a fim de descobrir o que é preciso melhorar. Desta forma, será possível diagnosticar falhas. Conheça, nas próximas páginas, os modelos que são referência para os futuros planos do MTE.
Qualificação é a principal aposta das instituições
Unidades de serviço ao trabalhador como SineBahia e Ceat-RJ são referência para unidades que Brizola Neto, ministro do Trabalho e Emprego, pretende implementar no restante do país nos próximos anos. Esse é o plano do ministério para incentivar o emprego formal e garantir direitos trabalhistas, como seguro-desemprego e outros benefícios.
De acordo com Brizola Neto, neste ano, foram 600 mil vagas de emprego não preenchidas. “Existe dificuldade com o perfil dos candidatos”, conta. Segundo ele, educação deve ser priorizada para combater o desemprego: “A intermediação não pode estar separada do pagamento do seguro-desemprego, do abono e, principalmente, da qualificação profissional”.
Em ordem de unificar esses fatores, não falta esforço nas 129 unidades do Sine no estado da Bahia, onde marca presença em em 111 municípios. Por lá, são 5 mil trabalhadores atendidos por dia, totalizando 100 mil por mês. Na capital, são 12 unidades, sendo uma delas a Unidade Central SineBahia, tida como referência pelo ministro, onde são cerca de mil pessoas atendidas por dia.
“Tentamos fechar o circuito: queremos ser ágeis de maneira que a gente consiga atender a empresa e o candidato”, conta Maria Thereza Andrade, superintendente de desenvolvimento do trabalho no SineBahia.
Marcando presença no estado desde 2007, o serviço monitora diariamente o atendimento, a qualificação e o encaminhamento dos candidatos. Além disso, conta com cursos de 20 horas, como técnica de redação, gramática, novas regras ortográficas, matemática com noções de raciocínio lógico, oratória, e informática básica.
Mesmo com um número bem menor de unidades, o Ceat-RJ não faz feio: nos três postos que possui (Centro, Penha e Santa Cruz), recebe cerca de 5 a 7 mil por mês para tentar suprir mais de 5 mil vagas que surgem por semana. Além de palestras de orientação ao cidadão, Leonardo Pereira, gerente operacional das unidades do Rio, afirma que eles apostam no acompanhamento até o emprego.
“Dialogamos com o candidato para identificar o que o impede de conseguir trabalho. Avaliamos o que não funciona e o que funciona nesse encaminhamento e, a partir disso, oferecemos nossa consultoria”, ressalta Pereira.
Sistema nacional do MTE vai monitorar empregos
Em 2013, o Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE) começa a operar um modelo piloto com oito agência, onde será testada um sistema de monitoramento de empregos. O programa funcionará em conjunto com a Previdência, segundo o ministro Brizola Neto em entrevista exclusiva durante visita à redação de O DIA.
Ele detalhou a plataforma: “Teremos controle para saber quanto tempo o trabalhador está demorando para ser atendido, quanto ele demora para receber proposta de emprego, além da demora em pedidos de qualificação, abono ou matrícula em curso de capacitação”.
Educação, inclusive, é a solução para atender 600 mil vagas de empregos não preenchidas neste ano, de acordo com dados do MTE. Isso é possível com programas como o Pronatec e o ProJovem, que são divulgados nacionalmente para promover a qualificação e combater o desemprego no país.
“No atual Pronatec, existem profissionais bem capacitados — como do Sistema S (Senai, Senac e Sebrae) —, que preparam para arcos ocupacionais mais complexos como petróleo e gás e construção civil”, diz.
ESPERA
O atendimento rápido é destaque nas unidades do Centro de Atendimento ao Trabalhador do Rio (Ceat-RJ). Segundo Leonardo Pereira, gerente operacional dos postos, leva somente 7 minutos para tirar uma carteira de trabalho. Esse é o mesmo tempo para encontrar uma vaga de acordo com o perfil do candidato, caso ele não tenha cadastro no banco de dados. Se estiver registrado, em até quatro minutos ele encontra uma oportunidade. Para seguro desemprego, em torno de 20 minutos.
SALÁRIOS
No SineBahia, modelo que será referência para novas unidades de atendimento ao trabalhador, tem vagas com remuneração de R$ 622 à R$ 10 mil, segundo Maria Thereza Andrade, superintendente de desenvolvimento do trabalho da entidade. “Queremos enriquecer o banco de cadastro, sempre focando naqueles que têm dificuldade de inserção e apostando na qualificação deles. Com isso, encaminhamos boa mão de obra para empresas”, conta Maria Thereza.
CAPTAÇÃO
No Ceat-RJ, há divulgação de vagas, cadastramento dos candidatos e cruzamentos com as oportunidades captadas nas empresas. “Oferecemos consultoria gratuita para companhias, onde analisamos a necessidade e colocamos em um sistema. Fazemos um processo seletivo em nossas unidades e encaminhamos para a empresa”, conta o gerente operacional Leonardo Pereira.
Já no SineBahia, são outras abordagens: são feitas reuniões com os setores produtivos, como Mineração, Comércio e Náutico, para saber qual é a demanda. Além disso, são oferecidos cursos de capacitação de 20 a 600 horas.
Educação, inclusive, é a solução para atender 600 mil vagas de empregos não preenchidas neste ano, de acordo com dados do MTE. Isso é possível com programas como o Pronatec e o ProJovem, que são divulgados nacionalmente para promover a qualificação e combater o desemprego no país.
“No atual Pronatec, existem profissionais bem capacitados — como do Sistema S (Senai, Senac e Sebrae) —, que preparam para arcos ocupacionais mais complexos como petróleo e gás e construção civil”, diz.
ESPERA
O atendimento rápido é destaque nas unidades do Centro de Atendimento ao Trabalhador do Rio (Ceat-RJ). Segundo Leonardo Pereira, gerente operacional dos postos, leva somente 7 minutos para tirar uma carteira de trabalho. Esse é o mesmo tempo para encontrar uma vaga de acordo com o perfil do candidato, caso ele não tenha cadastro no banco de dados. Se estiver registrado, em até quatro minutos ele encontra uma oportunidade. Para seguro desemprego, em torno de 20 minutos.
SALÁRIOS
No SineBahia, modelo que será referência para novas unidades de atendimento ao trabalhador, tem vagas com remuneração de R$ 622 à R$ 10 mil, segundo Maria Thereza Andrade, superintendente de desenvolvimento do trabalho da entidade. “Queremos enriquecer o banco de cadastro, sempre focando naqueles que têm dificuldade de inserção e apostando na qualificação deles. Com isso, encaminhamos boa mão de obra para empresas”, conta Maria Thereza.
CAPTAÇÃO
No Ceat-RJ, há divulgação de vagas, cadastramento dos candidatos e cruzamentos com as oportunidades captadas nas empresas. “Oferecemos consultoria gratuita para companhias, onde analisamos a necessidade e colocamos em um sistema. Fazemos um processo seletivo em nossas unidades e encaminhamos para a empresa”, conta o gerente operacional Leonardo Pereira.
Já no SineBahia, são outras abordagens: são feitas reuniões com os setores produtivos, como Mineração, Comércio e Náutico, para saber qual é a demanda. Além disso, são oferecidos cursos de capacitação de 20 a 600 horas.